Com cerca de 90% das áreas previstas de algodão já semeadas, os produtores baianos entram na reta final do plantio. Com o prazo final, marcado pelo calendário fitossanitário do estado para o dia 10 de fevereiro, eles aproveitaram a regularidade das chuvas para adiantar a primeira etapa da safra 2020/21. Apesar de uma redução de área prevista em torno de 15%, com 266.015 mil hectares a serem semeados em toda a Bahia, os produtores baianos se mantêm otimistas com a produtividade das lavouras e com os preços do mercado internacional, que vão permitir maior segurança e rentabilidade para os produtores.
Depois de uma indefinição vinda com a pandemia da Covid-19, o presidente da Associação Baiana dos Produtores de Algodão (Abapa), Luiz Carlos Bergamaschi, explica que a queda do preço do algodão no início da pandemia motivou a busca por parte dos produtores por commodities mais rentáveis, com melhor valorização no mercado agrícola, como a soja, por exemplo.
Na última safra de algodão, a Bahia fechou pelo segundo ano consecutivo, uma safra de 1,5 milhão de toneladas de algodão (fibra e caroço)
“Para as próximas safras, teremos uma retomada gradual da área de algodão na Bahia, acompanhando o aquecimento da economia mundial e os índices de consumo da pluma pós pandemia do coronavírus”, espera.
Plantio
Um pouco antes do plantio, em dezembro, as notícias da imunização e maior normalidade do mercado financeiro, com o incremento do preço da pluma, permitiram maior segurança por parte daqueles que continuaram investindo no setor de algodão na Bahia. “Com quatro safras seguidas de retomada do crescimento, e com os investimentos de décadas em maquinário e mão de obra especializada já consolidados, os produtores baianos continuam confiando na tecnologia empregada e no manejo correto de doenças e pragas para garantir a qualidade da pluma como diferencial nos mercados interno e externo”, afirma.
Na última safra de algodão, a Bahia fechou pelo segundo ano consecutivo, uma safra de 1,5 milhão de toneladas de algodão (fibra e caroço). Apesar da instabilidade das chuvas e das incertezas com a pandemia do coronavírus, o estado atingiu uma produtividade média acima das 300 arrobas de algodão em caroço/hectare em uma área total de 313.566,4 mil hectares.
O estado vem consolidando a quarta safra seguida com um ciclo de crescimento e resultados satisfatórios em produtividade e qualidade, sendo atualmente o segundo maior produtor de algodão do Brasil, com participação de 25% da produção nacional.