sábado, dezembro 21, 2024
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Indicador de Registros de Inadimplentes recua 3,6% em fevereiro

De acordo com dados nacionais da Boa Vista, os registros de inadimplentes caíram 3,6% em fevereiro na comparação mensal com ajuste sazonal. Na comparação interanual foi observada uma redução de 36,9% no número de registros, o que acentuou a queda observada na análise de longo prazo, medida pela variação acumulada em 12 meses, com retração de 21,2%.

Considerando o trimestre móvel encerrado em fevereiro (dezembro, janeiro e fevereiro), o indicador apontou retração de 27,6% na comparação com o trimestre encerrado em fevereiro do ano passado. Assim como os dados do indicador, a inadimplência divulgada pelo Banco Central tem seguido a mesma tendência nos últimos meses.

Por outro lado, o Indicador de Recuperação de Crédito apresentou resultado positivo na variação interanual, com alta de 4,0%. O que contribuiu para desacelerar a queda do indicador na análise acumulada em 12 meses, que aponta para uma retração de 1,6%.

Já na variação mensal com dados dessazonalizados a recuperação de crédito avançou 4,8%, enquanto na análise trimestral o indicador recuou 5,8%, mostrando que apesar da melhora em fevereiro, as famílias seguem encontrando dificuldades em reequilibrar seu orçamento financeiro.

A despeito do resultado observado no mês de fevereiro, a expectativa de reversão da queda da inadimplência em 2021 se manteve. As postergações realizadas no ano passado e o programa de auxílio emergencial foram essenciais para impedir o aumento da inadimplência e mantê-la em patamares historicamente mais baixos no ano de 2020.

Para 2021, no entanto, o novo programa de auxílios não deve contribuir tanto quanto o anterior no sentido de ancorar a inadimplência. O novo programa, já aprovado no Senado, será num valor menor e, também, para um menor número de pessoas, dado que os critérios de elegibilidade são mais rígidos. No mais, é válido ainda ressaltar o teto estabelecido no programa, de R$ 44 bilhões, como medida de responsabilidade fiscal. Por fim, o mercado de trabalho ainda está longe de demonstrar alguma melhora, o que também deve pressionar a inadimplência para cima este ano.

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