quinta-feira, novembro 21, 2024
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Confiança e intenção de investir sobem na indústria da construção

Por Joana Lopo

Emprego com tendência de recuperação e capacidade operacional no ponto mais alto desde 2014 impulsionam o desempenho da indústria da construção, conforme pesquisa realizada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI) e divulgada nesta quarta-feira (25).  Em sete anos, o indicador de intenção de investir registrou o maior valor – pelo segundo mês consecutivo – após um primeiro semestre marcado por recuos. Assim, o desempenho da indústria da construção foi positivo, com 51 pontos numa escala de 0 a 100. Ou seja, a atividade ficou um ponto acima da linha de corte (50 pontos), o que indica crescimento na comparação com o mês anterior.

O nível de emprego, de acordo com dados da Sondagem da Indústria da Construção, ficou em 50 pontos, caracterizando estabilidade em relação a junho. Conforme o relatório técnico da CNI, é comum que a recuperação do emprego aconteça após a recuperação da atividade econômica, o que explica o desempenho mais modesto do mercado de trabalho e o aumento das expectativas de contratações para os próximos meses.

Intenção de investir

De acordo com a pesquisa da CNI, o otimismo é crescente em todos os indicadores analisados em agosto na comparação com o mês anterior. O índice de expectativas para o nível de atividade dos próximos seis meses aumentou em 2,2 pontos em relação a julho, atingindo 57,7 pontos. Quanto aos novos empreendimentos, o aumento do índice de expectativas foi de 1,7 ponto, registrando 56,3 pontos.

O índice de expectativa de compras de insumos e matérias-primas mostrou avanço de 2,1 pontos em relação a julho, enquanto o índice de expectativas do número de empregados para os próximos seis meses foi de 54,4 pontos em agosto, um aumento de 1,3 ponto no mês.

Puxado pelo otimismo, o índice de intenção de investir da Indústria da Construção encontra-se no ponto mais alto desde 2014. O aumento na comparação com julho foi de 3,5 pontos, alcançando 45,4 pontos. Em relação a agosto de 2020, a alta foi ainda mais expressiva, de 5,9 pontos.

Os resultados são divulgados conforme o porte da empresa e setores de atividades. Dessa forma, foram entrevistadas 482 empresas, sendo 180 pequenas, 200 médias e 102 grandes.

Índice de Confiança do Empresário Industrial

Já em relação à confiança do empresário, pelo quarto mês consecutivo, o Índice de Confiança do Empresário Industrial (Icei) mostra que a classe empresarial está confiante no mercado. É o que indica o resultado de pesquisa divulgada pela Confederação Nacional da Indústria (CNI), na terça-feira (24), ao demonstrar que em todos os 30 setores industriais sondados em agosto, o Icei permaneceu acima de 50 pontos (parâmetro de boa avaliação. Quando é abaixo de 50 pontos indica falta de confiança).

Dados gerais do mesmo mês apresentam crescimento do Icei em 1,2 ponto em comparação com julho, chegando a 63,2. Os indicadores do Icei variam de 0 a 100 pontos. Assim, os setores mais confiantes na economia são máquinas e equipamentos (66,6); químicos (65,9), máquinas, aparelhos e materiais elétricos (65,1) e produtos de metal (65). Já os setores menos confiantes são bebidas (56,8); obras de infraestrutura (58,3); serviços especializados para a construção (58,5); outros equipamentos de transporte (58,8); e manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos (60,2).

Dos 30 setores da indústria analisados, em agosto, a confiança cresceu em 21 deles, não variou em dois e recuou nos demais setores, embora esses últimos mantiveram a confiança do setor elevada, ou seja, acima dos 50 pontos. De acordo com a CNI, em seis dos sete setores em que houve diminuição da confiança, a queda foi menor que um ponto. São eles: produtos de madeira; impressão e reprodução de gravações; biocombustíveis; produtos de material plástico; equipamentos de informática, produtos eletrônicos e outros; e outros equipamentos de transporte. A redução mais intensa, entretanto, foi da indústria da manutenção, reparação e instalação de máquinas e equipamentos que teve queda de seu índice em 3,7 pontos, chegando a 60,2.

A pesquisa, que consultou 2.383 empresas entre os dias 2 e 11 deste mês de agosto, sendo 949 pequenas empresas, 860 médias e 574 de grande porte, sinaliza para as mudanças de tendência da produção em setores como as indústrias extrativa, da construção e da transformação.

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