A Bionexo, hoje líder em oferta de soluções em nuvem para o setor de saúde, com mais de cinco mil clientes e R$ 16 bilhões de volume transacionado em suas plataformas, acaba de adquirir 100% da BeeCare, solução SaaS para a gestão do ciclo de receita hospitalar. Trata-se da sexta aquisição da Bionexo em cinco anos, reforçando a construção de um ecossistema coeso de soluções cloud para o setor de saúde.
A BeeCare, nome do produto pertencente à empresa TKS, fundada por Felipe Scampini, Felipe Bispo e Daniel Scampini, tem como objetivo oferecer uma solução completa para integração e interação entre prestadores e operadoras de saúde, trazendo automação, inteligência e transparência para esta relação. Conta hoje com clientes como o Hospital Israelita Albert Einstein, o Hospital Sírio Libanês e o Grupo Fleury, entre outros importantes players da saúde.
Segundo o CEO da Bionexo, Rafael Barbosa, a transação faz parte da estratégia de reforçar a presença no segmento de ciclo de receitas de prestadores de saúde. “Entendemos que no Brasil, e em outros lugares do mundo, ainda há uma ineficiência muito grande e um baixíssimo índice de digitalização na relação entre prestadores – sejam hospitais, laboratórios ou clínicas – e as fontes pagadoras. Tendo isso em vista, em 2020, investimos em uma empresa chamada Avatar que vem trazendo excelentes resultados com crescimento acima de 60% ao ano. Agora com a entrada da BeeCare, temos condições de avançar ainda mais rápido nesta frente de crescimento, aproveitando as complementaridades de produto e times de ambos investimentos”, afirma o executivo.
Para o CEO e co-fundador da BeeCare, Felipe Scampini, entre as principais funções do produto, está a capacidade de reduzir significativamente o volume de glosas para os prestadores, que somam quase R$ 1,5 bilhão por ano no Brasil. “Esta melhoria de eficiência nas relações entre pagadores e prestadores traz benefício e simplicidade para todo o sistema, contribuindo para uma ampliação de acesso e consequentemente para a construção de um sistema de saúde mais forte, muito em linha com o propósito da bionexo de melhores conexões para uma saúde melhor.” Scampini ressalta, ainda, que o objetivo deste movimento é reforçar a capacidade de investimento nas soluções da BeeCare, entregando cada vez mais resultados para os clientes.
Além da BeeCare/TKS, a Bionexo adquiriu este ano o Código Fonte original da solução de planejamento hoje existente no mercado, software que pertencia à Funcional Health Logistics, empresa do grupo Funcional Health Tech. Anteriormente, foram adquiridas a “Clínica nas Nuvens”, plataforma de gestão de consultórios e clínicas, a “Avatar Soluções”, soluções para gestão do ciclo de receita dos hospitais, a “GTT Healthcare”, de rastreamento e controle com IoT, e a “Manager Saúde”, especializada no desenvolvimento de sistemas de integração, workflow de vendas e soluções de Business Intelligence (BI).
Tecnologia da saúde avança nas áreas de gestão
Durante a pandemia, a digitalização foi incorporada na administração das redes de saúde a muitos processos de gestão, ainda mais porque a cadeia de suprimentos global se sobrecarregou em um nível até então desconhecido por todos, exigindo mobilização e engajamento junto aos hospitais de modo a atender a população da melhor forma. Ficou evidente ao setor a necessidade de tecnologia baseada em nuvem, como o modelo Software as a Service (SaaS) – uma tendência que se consolidou e veio para ficar.
Este movimento, associado ao fortalecimento do portfólio de produtos da Bionexo, com soluções para planejamento, gestão de compras, monitoramento baseado em IoT e ciclo da receita, fez da healthtech um ecossistema de primeira necessidade para clínicas, hospitais, instituições de saúde e seus fornecedores. A plataforma de negociação e compras – que leva o mesmo nome da companhia – hoje conecta 2,3 mil instituições de saúde a mais de 30 mil fornecedores de medicamentos e suprimentos no Brasil, Argentina, Colômbia e México.
Em 2021, o volume transacionado no marketplace da healthtech foi de R$ 16 bilhões, salto de 33% em relação a 2020, sendo R$ 2,2 bilhões somente de OPME (Órteses, Próteses e Materiais Especiais), valor 100% superior ao ano anterior. O valor total transacionado representa cerca de 40% de tudo que é transacionado no mercado privado no Brasil, posicionando a plataforma como a mais utilizada no país, com 100 mil profissionais conectados. Já o valor referente somente a OPME’s, é consequência do aumento do consumo de insumos hospitalares na pandemia e também está atrelado às inovações no produto opmenexo.
A partir do investimento de R$ 440 milhões da Bain Capital Tech Opportunities, no final do ano passado, a Bionexo está capitalizada para seguir em expansão. Do total do aporte, cerca de R$ 300 milhões serão utilizados em aquisições, e o restante para desenvolvimento de novas tecnologias proprietárias, atração de talentos e parcerias para aumentar a capacidade de atendimento para todos os processos de gestão da saúde.