domingo, dezembro 22, 2024
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Comércio Brasil-EUA alcança US$67 bilhões e Amcham projeta recorde histórico

Os primeiros nove meses de 2022 registraram US$ 67,3 bilhões em trocas de bens entre Brasil e EUA – valor recorde para o período e aumento de 36% (ou US$ 17,8 bilhões) em relação ao mesmo intervalo de 2021, aponta levantamento da Amcham Brasil.

Os dados são do Monitor do Comércio Brasil-EUA. O documento, publicado trimestralmente pela Câmara Americana de Comércio, aponta também que a corrente de comércio entre os dois países deve ultrapassar a marca inédita de US$ 80 bilhões em 2022.

Abrão Neto da Amcham Brasil

Na avaliação da Amcham, o ano de 2022 registrará recorde no comércio bilateral, com valores inéditos de importações e exportações. Essa projeção se ancora no aumento da demanda e na elevação dos preços internacionais de itens importantes da pauta bilateral. Em um cenário externo mais turbulento, Brasil e Estados Unidos tem contribuído para a segurança mútua no fornecimento de energia e de insumos estratégicos”, aponta Abrão Neto, vice-presidente Executivo da Amcham Brasil. Os dados do Monitor da Amcham Brasil estão disponíveis gratuitamente, clicando aqui.

Importações ainda em ritmo acelerado

As importações do Brasil vindas dos EUA seguem crescendo em ritmo forte e superior ao das exportações (44,1% contra 26%). Em valores absolutos, as compras brasileiras dos EUA foram recorde de US$ 39,4 bilhões. Embora ainda esteja em nível muito elevado, o crescimento tem se reduzido ligeiramente na comparação com o 1º semestre.

O valor das exportações do Brasil para os EUA de US$ 27,9 bilhões estabeleceu novo recorde no acumulado do ano. Embora seu crescimento (+26%) se dê em ritmo menos intenso que o das importações, ele ocorre de forma mais disseminada, com destaque para petróleo bruto, ferro gusa, café, madeira e equipamentos de engenharia. O último recorde havia sido no mesmo período de 2021.

Em um contexto de incertezas no cenário externo e de choques de cadeias de produção, o comércio entre Brasil e EUA tem ajudado ambos os países a fortalecerem a sua segurança. Nota-se crescente participação no comércio bilateral de produtos do setor de energia, insumos e bens essenciais para a produção de alimentos.

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