O aumento de ganho de produtividade, melhores ofertas salariais, e crescimento econômico a curto, médio e longo prazos são algumas das principais vantagens asseguradas pelo processo de transformação digital em todos os setores da economia.
A série de benefícios consta na pesquisa “Transformação digital, produtividade e crescimento econômico”, desenvolvida pelo Movimento Brasil Competitivo (MBC) em parceria com a Fundação Getulio Vargas (FGV). O estudo é baseado na metodologia do Office for National Statistics (2015), do Reino Unido.
O levantamento apresenta em detalhes os impactos positivos agregados ao alto potencial da transformação digital, driver para a produtividade e crescimento econômico, e propõe a elaboração de uma agenda nacional estratégica para criar condições que potencializem a digitalização em diversos segmentos empresariais e econômicos.
Ainda de acordo com o balanço, nos últimos 5 anos, a oferta digital brasileira cresceu em média 5,7%, enquanto o gigante mercado americano cresceu 7,1%. A partir da ampliação da oferta digital nos patamares da economia americana, a maior digitalização dos setores seria capaz de gerar um aumento de 422,7 bilhões de reais na economia brasileira. Traçando uma meta mais desafiadora, caso a oferta digital brasileira alcançasse o patamar atual de representatividade da economia americana, calculado em 10,2% em 2020, o Brasil teria um incremento de 1,12 trilhão de reais na economia.
Outro dado positivo apresentado é que, enquanto os empregos formais perdem espaço no Brasil, com uma tendência à precarização do mercado de trabalho, observa-se um movimento oposto sob a ótica dos empregos digitais que, nos últimos cinco anos, apresentaram um crescimento de 4,9% em comparação às demais ocupações. A ascensão demonstra sua capacidade de resiliência frente a mudanças socioeconômicas e crises. Além disso, o estudo mostrou que as ocupações digitais têm remuneração acima da média e sua produtividade de trabalho é superior em relação às demais atividades.