quinta-feira, novembro 21, 2024
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IDGeo expande atuação para o setor florestal

A IDGeo, agtech que fornece soluções com o uso de radares para garantir a entrega de resultados e melhorar a sustentabilidade e rentabilidade do agronegócio, anuncia a entrada em um novo mercado. A startup está desdobrando o fornecimento de serviços para o setor florestal e já conta com clientes como a Bracell, uma das líderes globais na produção de celulose solúvel, e Suzano, maior produtora global de celulose de eucalipto.

Ronan Campos, CEO da agtech, explica que a movimentação acontece devido a aderência natural entre a solução da empresa e às necessidades do setor. “A partir de uma análise do nosso time de tecnologia, compreendemos que os dados de radar podem oferecer um diagnóstico frequente do cultivo independente das condições climáticas. Isso garante maior competitividade às empresas por não depender de drones – que é uma tecnologia mais cara em áreas mais extensas – além de mais eficiente por indicar desde o início o surgimento de daninhas no campo sem a necessidade de visita ao local”.

Segundo o CEO, a extensão das áreas e seu custo para monitoramento e manejo são dois grandes desafios na silvicultura. “As imagens de satélite garantem maior competitividade por conseguirem atender a escala, frequência de atualizações dos dados e custos compatíveis com o agro, parâmetros não atendidos por drones”, ressalta Ronan.

Atualmente, as operações da IDGeo estão em áreas com o cultivo mais jovem – eucaliptos com até 12 meses pós plantio, com maior foco nos seis primeiros com o Detecta Daninhas e Detecta Danos em todo o ciclo. O Detecta Daninhas, solução de monitoramento com foco em classificar o nível de impacto em áreas atingidas por plantas daninhas já está possibilitando redução de gastos e da matocompetição de maneira eficiente.

Em uma das regiões monitoradas, a estimativa de redução é de 23% da perda de produtividade, com ganho de R$1.248,00/ha/ciclo – considerando o prejuízo que a matocompetição pode causar no desenvolvimento da planta e o valor salvo que isso representa – sem contar a economia em defensivos que a ferramenta pode proporcionar.

“Em outra região, em áreas na Bahia, alguns meses são críticos para o manejo de plantas daninhas pois as condições ambientais aceleram muito o seu desenvolvimento e geram infestações maiores, que devido à extensão das áreas e a dificuldade logística de monitorá-las simultaneamente, torna a tomada de decisão e o manejo ainda mais desafiadores. Com o Detecta Daninhas, o cliente identificou os locais exatos onde haviam infestações e como elas estavam se comportando ao longo do tempo, permitindo a priorização das áreas mais críticas e a melhoria da logística, tornando o processo mais rápido e diminuindo o risco de prejuízo no desenvolvimento do eucalipto ou até da perda de algumas plantas”, conta Ronan.

Diferentemente das tecnologias que utilizam apenas sensores convencionais, a IDGeo possui soluções híbridas baseadas em sensores radar e ópticos, que não são afetados pela existência de nuvens, problema comum no imageamento por satélites. “A IDGeo está se mostrando uma grande parceira no desenvolvimento de tecnologia funcional para a área florestal. Time engajado, que procura conhecer as dificuldades do cliente e propor soluções de forma técnica, com uma visão operacional e de gestão”, reconhece Leonardo Antero de Araújo Martins, analista de Eficiência Florestal na Bracell.

Com a entrada no novo setor, a empresa projeta crescimento de 600% em áreas florestais até o fim de 2023. “Temos conquistado êxito junto aos novos clientes e seremos audaciosos na conquista desse novo mercado. Estamos em discussão para o início de validações em áreas com florestas de idade mais avançada, sempre simplificando a tomada de decisão e gerando toda uma cadeia de crescimento aos nossos clientes”, conclui o CEO.

IDGeo

Fundada em 2016, a IDGeo é referência em monitoramento, diagnóstico e gestão agrícola. A agtech nasceu para tornar a agricultura mais sustentável, rentável e entregar dados mais acessíveis. Sediada na cidade de Piracicaba (SP), a empresa já passou por duas rodadas de investimento, com players como FAPESP e o Poli Angels.

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