sexta-feira, novembro 22, 2024
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Moda no metaverso pode gerar US$25 bilhões anuais até 2030

O mercado de moda no metaverso é uma realidade de sucesso. É o que mostra uma pesquisa do Boston Consulting Group em parceria com a DRESSX, loja especializada em moda virtual, que analisou as oportunidades do mundo fashion no novo ambiente digital, e mostra que a tecnologia, mesmo em formação, já conta com um mercado a ser explorado. Com 2,8 mil respondentes, o BCG concluiu que as experiências de consumo de moda digital foram impulsionadas pela curiosidade sobre a tecnologia (36%). Ainda assim, 72% disseram que voltarão a realizar compras de produtos apenas para o uso virtual.

“O metaverso pode soar como algo muito abstrato para as pessoas, mas vemos o novo ambiente como uma evolução gradual da internet que conhecemos hoje — todos viveremos nesses mundos virtuais eventualmente. Dessa forma, é fácil compreender o que a pesquisa nos mostra em dados: a aparência é importante em todos os lugares, e por isso a compra de acessórios e vestimentas para uso virtual é crescente em diversos países”, diz Ricardo Tiezzi, diretor executivo e sócio do BCG. De acordo com a pesquisa, 45% dos usuários digitais na Ásia afirmam que sua aparência digital é tão importante quanto a física.

A moda no metaverso ajuda, ainda, o usuário a ter uma identidade visual: buscando a singularidade no ambiente digital, 55% dos respondentes disseram comprar itens virtuais pela vontade de se expressar pelos produtos adquiridos. Entre outras motivações para o consumo nesse espaço on-line, 45% disseram fazer o investimento para ficarem por dentro das novidades. A expectativa é que as marcas líderes na indústria da moda estarão no metaverso até 2030 e isso pode se traduzir em receitas extras de US$ 25 bilhões por ano, provenientes de skins para jogos, roupas para avatares digitais e NFTs.

Tecnologia para uma indústria mais sustentável

A indústria da moda responde, atualmente, por 5% das emissões ao redor do mundo. Apesar de o uso excessivo de tecnologia, necessário para construir e manter a realidade virtual também carregar sua pegada de carbono, a inovação pode trazer oportunidades para o setor.

A presença no metaverso pode ajudar a reduzir a superprodução de peças e, consequentemente, as emissões de CO2. Algumas novidades tecnológicas, como o design 3D, podem diminuir a necessidade de peças físicas e de devoluções, com showrooms virtuais e provadores tridimensionais. O BCG estima que, para cada 1% de superprodução reduzida, as emissões de GEE da indústria da moda cairiam entre 0,2% e 0,4%.

“Conforme o mercado entra no metaverso, é importante que as marcas incorporem mecanismos de sustentabilidade desde o primeiro momento. Empresas de moda não devem fazer apenas escolhas tecnológicas conscientes no novo ambiente, mas também podem ajudar a estabelecer padrões sustentáveis para a indústria”, diz Tiezzi.

Boston Consulting Group

O Boston Consulting Group atua em parceria com lideranças empresariais e sociais para ajudá-las a enfrentar seus desafios mais importantes e capturar as melhores oportunidades. Fundado em 1963, o BCG é pioneiro em estratégia de negócios. Trabalhamos lado a lado com nossos clientes por meio de uma abordagem transformadora que abrange os interesses das partes envolvidas — capacitando organizações para crescer, construir vantagens competitivas mais sustentáveis e gerar impacto positivo na sociedade.

Nossas equipes globais são pautadas pela diversidade e têm profundo conhecimento técnico-funcional em diferentes indústrias, além de múltiplas perspectivas que estimulam a mudança. O BCG oferece soluções por meio de consultoria estratégica de ponta, aliada à tecnologia e design, assim como corporate e digital ventures. Adotamos um modelo de trabalho colaborativo único em toda a empresa e em todos os níveis da organização dos clientes, impulsionados pelo objetivo de ajudá-los a prosperar para tornar o mundo um lugar melhor.

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