O Nordeste registrou uma queda de mais de 23,5% no número de fusões e aquisições nos nove primeiros meses de 2023 em comparação com o mesmo intervalo de 2022. De janeiro a setembro deste ano, foram realizadas 42 operações contra 55 nesse período no ano passado. O número de transações nessa região corresponde a 3,67% do total das 1.142 concretizadas no país. São Paulo lidera nacionalmente com 639 negócios fechados, atingindo 56% do quadro geral. Os dados constam na pesquisa da KPMG realizada com empresas de 43 setores da economia brasileira.
Segundo o levantamento, nos três trimestres de 2023, foram realizadas as quantidades a seguir de operações nos seguintes estados da região Nordeste: Alagoas (1), Bahia (15), Ceará (7), Maranhão (3), Paraíba (2), Pernambuco (6), Rio Grande do Norte (7) e Sergipe (1).
“Com um ambiente econômico mais incerto e taxas de juros mais restritivas no primeiro semestre do ano, houve um arrefecimento no volume de transações ocorridas no Nordeste, apesar de termos um destaque bastante positivo na Bahia com o incremento de 50% nas transações ocorridas no Estado. Ainda, com a melhora do cenário econômico e a queda da taxa de juros que vêm ocorrendo, o ambiente se torna mais favorável para a retomada do mercado de fusões e aquisições na região”, afirma o sócio-diretor de clientes e mercados das regiões Norte e Nordeste da KPMG, Daniel Pio.
Fusões e aquisições no Brasil sobem 9,4% no terceiro trimestre
O Brasil registrou 405 fusões e aquisições de empresas no terceiro trimestre de 2023, uma alta de 9,46% na comparação com o mesmo período do ano passado, quando foram realizadas 370 operações desse tipo. As operações domésticas entre organizações brasileiras (256) lideraram essas transações, seguidas de transações de empresas de capital majoritário estrangeiro (123) que adquiriram, de brasileiros, capital daquelas estabelecidas no Brasil.
“Os dados evidenciam um terceiro trimestre mais aquecido que o segundo. As fusões e aquisições estão sendo gradualmente retomadas. É uma alta discreta, porém importante, a qual sinaliza que as empresas estão mais ativas nessas operações e, possivelmente, mais otimistas com a economia. Ainda assim, é possível que 2023 termine com menos operações comparando com total de 2022”, afirma Paulo Guilherme Coimbra, sócio da área de Fusões e Aquisições da KPMG no Brasil.