segunda-feira, setembro 16, 2024
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Presidente da ASSERJ e cofundador do Rio Innovation Week debate sobre o “Varejo 5.0”

O painel “Varejo 5.0” aconteceu nesta quinta-feira, 15 de agosto, ao meio-dia, no palco do Conecta Varejo Grupo Boticário | Rio Innovation Week 2024, no Píer Mauá, Centro do Rio. O debate foi conduzido pelo executivo Fábio Queiróz, presidente da Associação de Supermercados do Estado do Rio de Janeiro (ASSERJ), 1º vice-presidente da Associação das Américas de Supermercados (ALAS) e cofounder do Rio Innovation Week. Ele apresentou as tendências consolidadas do setor varejista mundial que estão chegando ao Brasil e podem permitir a criação de uma nova geração de consumidores e empresários. O espaço do Conecta Varejo Grupo Boticário é promovido pela ASSERJ e pela Base Eventos.

Ao lado de Anderson Morais, secretário de estado de Ciência, Tecnologia e Inovação, Queiroz discutiu temas de relevância para o setor do varejo e a missão de se tornar um poderoso expoente do empreendedorismo brasileiro.

Queiroz começou o bate-papo com o secretário fazendo uma contextualização sobre a criação do Rio Innovation Week, que teve origem no Conecta, um evento apenas para supermercados e que reuniacerca de 600 pessoas num hotel na Barra da Tijuca. “Quero dizer a todos vocês que o varejo nunca será vanguarda em tecnologia e inovação. O varejo tem um ritmo próprio, a nossa operação é muito dura. Produtos nascem e perecem em nossas lojas em até 24 horas. O fluxo de caixa de um supermercado é absurdo. Então, vamos pensar em tecnologia e inovação, já que não nos sobra muito tempo. A gente precisa ser assertivo, precisa ser cirúrgico na tecnologia e na inovação”, afirmou.

O presidente da ASSERJ também destacou que o secretário Anderson Morais, além de origem varejista, é supermercadista. “Esse encontro aqui não foi à toa, foi 1000% pensado”, disse. Queiroz destacou que o self-checkout hoje já é uma absoluta realidade e perguntou como o secretário está vendo a chegada e consolidação da tecnologia no varejo. “Uma ideia, se você hoje for dono de qualquer loja de gênero alimentício, não importa que seja mercado, ou restaurante, ou qualquer coisa, a legislação hoje é muito pesada para aqueles que trabalham no ramo. Se tiver uma lata de leite condensado no supermercado vencida, o responsável daquela loja pode sair dali preso e hoje a tecnologia nos ajuda até nisso, para nós podermos fazer o first-in e first-out, que é o primeiro que entra e o primeiro que sai. Então, o varejo que investe em tecnologia está sempre à frente e com chances de sucesso”, enfatizou.

Tecnologia

Sobre como enxerga essa experiência de compras do consumidor hoje com a tecnologia atual, o secretário afirmou que vê de forma mais segura. “Infinitamente mais segura, eu digo para ambas as partes, no sentido de que acaba diminuindo a possibilidade de haver ali por ventura uma cobrança errada. Existe aquele mito de que a gente acaba perdendo a mão de obra, de que acaba diminuindo a necessidade do ser humano de poder estar trabalhando naquela empresa, e isso não é verdade, até porque para que a gente coloque um robô fazendo alguma coisa, alguém precisou produzir, alguém precisou estar ali operando, alguém precisou estar ali fazendo a manutenção. E quando você qualifica a mão de obra para poder trabalhar numa outra parte, é óbvio que existe a valorização. Dessa forma, a gente consegue fazer a roda giga girar muito mais forte. Atecnologia só veio para melhorar a vida do varejo”, ressaltou.

Para finalizar, Queiroz destacou a importância da cultura digital no varejo. “Existem mitos que precisam ser derrubados. O primeiro deles é: a tecnologia é muito cara, ela não é para mim, ela não é para a minha empresa. Amigos, existem aplicativos hoje que fazem de graça o que pagávamos 30, 50, 100 mil reais no passado. Então, aqui eu deixo um desafio e um incentivo: baixem um aplicativo por dia. Certamente, isso é cultura digital e isso vai reduzir custos. Pesquisem, baixem um aplicativo por dia. O segundo mito é que a tecnologia é muito complexa – eu não entendo, eu não tenho mais idade para isso, isso não é da minha geração. A tecnologia para o varejo hoje é pensada cada vez mais de forma simplificada. Quanto mais buscar a tecnologia, mais a gente vai descobrir que ela está se tornando cada vez mais fácil, cada vez mais simples”, concluiu.

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