sexta-feira, abril 25, 2025
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Com dívida de R$ 2,3 bi, Bombril apresenta plano de recuperação judicial com pagamentos em até 9 anos e meio

A Bombril deu um novo passo em sua tentativa de reorganizar sua estrutura financeira. A empresa apresentou seu plano de recuperação judicial à 1ª Vara Regional de Competência Empresarial e Conflitos de Arbitragem do Estado de São Paulo prevendo a renegociação de uma dívida que soma R$ 2,3 bilhões. O documento marca uma nova etapa do processo iniciado em fevereiro deste ano.

O plano propõe um cronograma de pagamento de até 114 meses — cerca de nove anos e meio — para quitar os débitos. Credores com valores de até R$ 20 mil devem receber em parcela única, corrigida pela Taxa Referencial (TR), até 30 dias após a aprovação do plano pelos credores. Já quem tem a receber valores superiores terá direito a apenas 30% da dívida, divididos em 10 parcelas, a serem pagas gradualmente.

Entre os credores da companhia estão grandes nomes do mercado como Itaú, Santander, Assaí, Atacadão (controlado pelo Carrefour), entre outros. A proposta ainda precisa do aval da maioria desses credores para ser efetivada.

O pedido de recuperação judicial foi motivado, segundo a empresa, por contingências tributárias herdadas de operações feitas entre 1998 e 2001, quando a Bombril era controlada pelo grupo italiano Cragnotti & Partners. A Receita Federal questiona o recolhimento de tributos relacionados à compra de títulos de dívida estrangeiros.

A Bombril afirma que o plano é essencial para preservar sua operação e garantir sua função social, evitando o risco de falência e protegendo o caixa da empresa. A recuperação judicial, nesse contexto, surge como a única alternativa para reestruturar o passivo de forma organizada e minimizar impactos aos credores e parceiros comerciais.

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